terça-feira, 27 de dezembro de 2022
Eduardo Paes Remoções S.A. Manuela Oiticica / Casa Fluminense
segunda-feira, 26 de dezembro de 2022
domingo, 25 de dezembro de 2022
Os trilhos do absurdo diário * Carlos Santana - RJ
Os trilhos do absurdo diário
Não há outra forma de iniciar esse texto que não seja dizendo o quanto é impossível não ficar extremamente indignado ao ver a situação pela qual passam os usuários dos trens urbanos do RJ. É a expressão máxima do ataque direto à dignidade e cidadania do cidadão e da cidadã carioca e fluminense.
Parecem notícias repetidas, mas não são: todos os dias os jornais locais mostram que os serviços prestados pela concessionária Supervia humilham centenas de milhares de pessoas que dependem dos trens para virem das localidades mais distantes do Centro da cidade do Rio de Janeiro para iniciar sua rotina de trabalho nos primeiros horários. Trens sucateados, trilhos defasados, cabos que constantemente são roubados e horários que não se cumprem são as formas que a empresa tem de assaltar o trabalhador, levando sua saúde física e psicológica.
O problema se acentua quando temos uma agência reguladora que na maior parte do tempo come na mão dos empresários e acionistas, pouco se importando com a população. E mais: uma imprensa que pouco destaque dá à CPI que finalizou seus trabalhos de investigação sobre os problemas do serviço ferroviário de passageiros com seu relatório aprovado complementa o caos ao qual estão entregues as vidas de homens e mulheres das zonas norte e oeste da capital e também da Baixada Fluminense. Absurdo total!
A concessionária Supervia conseguiu dos cofres públicos que, até o fim de 2022, fossem oferecidos mais de R$ 250 milhões para, segundo ela, cobrir seus prejuízos decorrentes da baixa de usuários durante a pandemia, ameaçando deixar de ofertar o serviço por falta de verba. De praxe, a extorsão dos poder público vindo de grandes empresas concessionárias faz do Estado fonte de recursos a serem sugados quando existem os prejuízos, sem a contrapartida correta de boa prestação de atividade e manutenção de sua qualidade.
Com argumento de que a iniciativa privada supostamente é mais eficiente do que a administração pública, serviços essenciais são sucateados em um processo degradante de suas estruturas para que possam ser vendidos a preço de banana. Caso emblemático e recente, a Cedae virou alvo desse processo e sua venda passou a ser utilizada também como capital eleitoral, de diversas formas. Outro processo de entrega das estruturas públicas à iniciativa privada é o caso do metrô de Belo Horizonte, arrematado por quase R$ 26 milhões por uma única empresa.
É preciso dar um basta nesse vilipêndio, que se inicia com os preços absurdos das passagens dos trens e chega no péssimo serviço prestado, a ponto de a população se revoltar e ser tratada como vândala por querer dignidade. É necessário igualmente que o Estado deixe de ser refém de grandes empresas que usam querem usufruir das estruturas construídas com dinheiro público, mas não querer arcar com os prejuízos das manutenções e com o cumprimento de contratos
Nesse meio, a população é violentada de todas as formas, em seu corpo, sua mente e seu bolso. Cobramos de forma insistente posicionamento enérgico dos deputados e deputadas que participaram da CPI dos trens do RJ, para que cumpram seu dever e, se necessário, lutem até as últimas consequências pela encampação de nossos trens.
A violência diária pela qual passa o trabalhador e a trabalhadora precisa ter fim!
Carlos Santana
Ex-deputado federal por cinco mandatos pelo PT-RJ; Presidente do Sindicato dos Ferroviários da Central do Brasil; Presidente estadual da CUT-RJ; Professor universitário; Doutor em História pela UFRJ e Bacharel em Direito.
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sábado, 24 de dezembro de 2022
SOBRE A MORTE LENTA DO NOSSO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO * Wladimir Tadeu Baptista Soares . RJ
SOBRE A MORTE LENTA DO NOSSO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
Que era universitário
E servia para formar formar muita gente na área da saúde.
Era um hospital com emergência aberta 24 horas e que atendia a todos os Princípios Constitucionais do SUS.
Acolhedor e humano,
Era referência de bom atendimento e de respeito ao sofrimento de todo ser humano.
O seu quadro de pessoal era formado por servidores públicos estatutários, concursados e estáveis, compromissados com a boa prestação do serviço público de saúde a todos que a ele recorria.
Infelizmente, um dia, reitores inconsequentes
Jogaram esse hospital nas mãos de um monstro chamado EBSERH:
uma empresa brasileira de serviços hospitalares,
Com personalidade jurídica de direito privado,
Que nega os Princípios e os fundamentos do SUS.
O hospital, antes universitário e sob a gestão de uma Universidade Pública Federal, passou, da noite para o dia, a ser um hospital empresarial, predominantemente assistencial e sem qualquer compromisso com a formação acadêmica dos estudantes das áreas da saúde, tornando-se um hospital de portas fechadas, ignorando o interesse público e funcionando sob uma lógica de direito privado, em que o lucro não é mais social, mas sim econômico.
O seu quadro de pessoal é formado por empregados públicos celetistas, não estáveis, sem perfil acadêmico e aprovados em um concurso público sem a participação da Universidade na sua organização.
Essa "publicização" (ao deixar de ser regido pelo regime jurídico administrativo de direito público e passado a ser regido pelo regime jurídico administrativo de direito privado) imposta àquele nosso antigo Hospital Universitário só trouxe prejuízos para os estudantes, trabalhadores e população, não trazendo nada de bom para nenhum deles.
A formação médica está precarizada, a sociedade pouco assistida e os trabalhadores sem autonomia para o exercício do seu ofício.
Essa morte lenta imposta ao hospital universitário precisa ser interrompida, sendo o remédio para que isso aconteça é o retorno desse hospital para a sua respectiva universidade pública federal, resgatando a sua gestão pública a ser exercida sob o regime jurídico de direito público, respeitando todos os princípios Constitucionais norteados do SUS e afirmando o regime jurídico único como aquele que deve reger os seus trabalhadores (servidores públicos estatutários).
Assim, aquele governo que criou essa aberração chamada EBSERH e aquele Congresso Nacional que autorizou a sua criação devem, agora, reconhecer o grave erro que cometeram no passado e extinguir essa empresa, que jamais deveria ter sido criada, de modo a salvar a vida daquele nosso tão necessário e imprescindível hospital público federal universitário,
Que hoje mal respira por aparelhos.
É o que esperamos do próximo governo.
Wladimir Tadeu Baptista Soares
Cambuci/Niterói - RJ
Nordestino wladuff.huap@gmail.com
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CANADÁ NÃO TEM SUS
sexta-feira, 23 de dezembro de 2022
MOVIMENTO MORADIA POPULAR EM VERSOS * Movimento Pautas Populares-MPP.RJ
MOVIMENTO MORADIA POPULAR EM VERSOS
O direito a moradia
Devia ser tão sagrado.
Um ser que habita a terra
Não pode ficar largado,
Na chuva, no frio ou sol
Na rua abandonado.
Não podemos aceitar
Tamanha desigualdade.
Alguns moram em palacete
Outros ficam na saudade.
Dorme, mora a céu aberto
Por fora da sociedade.
Moradia é um direito
De toda população.
Por isso que exigimos
Do governo de plantão.
Que construa urgentemente
Um plano de habitação.
Chegamos a três jornadas
Defendendo a moradia.
Deve ser o compromisso
De uma democracia.
Para conquistar o teto
Pra o povo sorrir um dia.
Em um país que se preza,
O povo tem seu abrigo.
E se vive descoberto
Não pode ser um castigo.
Quem viola esse direito
Pra gente não é amigo.
Construir mega projetos
Não é a prioridade.
Os seus impactos danosos
Danifica a cidade,
Atrasa o meio ambiente
Gerando calamidade.
Os eventos esportivos
Traz grande badalação.
E sempre o favorecido
Tem grana que faz montão.
Ficando a margem de tudo
Parte da população.
Se remove moradores
De onde estão instalados.
Por coerção e ameaças
Das casas são despejados.
Deixam no olho da rua
Com medo e apavorados.
Quando passa os eventos
O mundo volta à rotina.
Tudo foi uma falsidade
Dessa elite cretina,
Que mascara a realidade
Com fumaça de cortina.
Pra copa e olimpíada
A cidade faz jogada
Esconde sua pobreza,
Encoberta por fachada.
O brilho aparente chega
Na rua e na calçada.
A multidão da cidade
É apenas figurante.
São os gringos e os ricaços
Que no mundo flutuante
Aproveita da festança
Faz seu gasto extravagante.
Que nesse novo encontro
Avancemos nessa luta.
E o direito a morada
Venha já pra quem labuta.
Por isso seja mais um
Para vencer a disputa.
esquecidos miseráveis
destroçados sem remontes
enxotados são das portas
D alguns ricos brutamontes
sem pão carinho ou afetos
mendigando sobre os tetos
de viadutos e pontes
MOTE Geraldo Amâncio
Glosa Chico Fábio
nas ruas quem nunca come
são mendigos arredios
existe o grito da fome
nos estômagos vazios
MOTE Geraldo Amâncio
Glosa Chico Fábio
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quarta-feira, 14 de dezembro de 2022
TARIFA ZERO NO GOVERNO LULA? * Maria Clara Batista/JCONLINE
domingo, 11 de dezembro de 2022
POR UM NATAL SEM DESPEJOS * Jornal do Bairro - RJ
segunda-feira, 5 de dezembro de 2022
S.O.S RIO PARAÍBA DO SUL * Sergio Ricardo / Baia Viva
S.O.S RIO PARAÍBA DO SUL
A Alerj - Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro debate nesse momento, 1/12, o Projeto de Lei que ameaça flexibilizar a proteção das margens do Rio Paraíba do Sul, rio que é responsável diariamente pelo abastecimento de água de 11 milhões de pessoas.
Para o Movimento Baía Viva não resta dúvidas que o objetivo deste PL é desproteger e vulnerabilizar do ponto de vista legal o estratégico Rio Paraíba do Sul para atender aos interesses econômicos da extremamente poluidora Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) que mantém ilegalmente junto com a anglo-americana HARSCO METALS um enorme depósito de lixo químico (formado por escória de aciaria oriundo do seu processo de produção) com um volume de mais de 4 milhões de toneladas que está localizada a apenas 50 metros do espelho d'água deste manancial.
Estas enormes pilhas de resíduos industriais não param de crescer diariamente e já está em média com 40 metros de altura e uma extensão de mais de 270 mil metros quadrados. Estima-se que diariamente chegam cerca de 100 caminhões de escória neste depósito ilegal de lixo químico que em caso de um desmoronamento, deslizamento ou afundamento do solo, poderão provocar um colapso hídrico no sistema de abastecimento de água potável do estado do Rio de Janeiro já que 11 milhões de pessoas, ou seja 70% da população fluminense, depende exclusivamente deste manancial. Também a especulação imobiliária e a instalação de novas indústrias poluidoras poderão ser liberadas pelas prefeituras a bel prazer nas margens do Rio Paraíba do Sul, caso este PL absurdo seja aprovado.
Além dos movimentos socioambientais de Volta Redonda, de outros municípios do sul fluminense, do Movimento Baía Viva, moradores e pesquisadores, também o Instituto Estadual do Ambiente (INEA-RJ,) por meio de um laudo técnico, se posicionou contrário à aprovação do antiecológico PL 6475/2022.
https://www.instagram.com/p/CloLdLgr0PR/?igshid=MDJmNzVkMjY=
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domingo, 4 de dezembro de 2022
CONTRA AS PODAS ASSASSINAS DE ÁRVORES NO RIO DE JANEIRO * Sergio Ricardo/Baia Viva
CONTRA AS PODAS ASSASSINAS DE ÁRVORES NO RIO DE JANEIRO!
Anualmente, grande número de árvores que embelezam a cidade, atraem os pássaros e refrescam as condições climáticas nas ruas cariocas tem sofrido com a prática criminosa de “podas assassinas” seja por parte da própria Prefeitura do Rio de Janeiro, ou pela ação da antiecológica concessionária privada de energia elétrica LIGHT S/A que corta as nossas árvores sem adotar critérios técnicos transparentes e sem qualquer diálogo com os moradores/as. Quando há situações de riscos ou a árvore está doente, deve ser apresentado um laudo técnico à população que justifique a sua retirada e corte, assim como as árvores que caem por causa de ventanias e chuvas fortes devem ser substituídas com o plantio de novas espécies adequadas em especial nos bairros das zonas Norte e Oeste carioca que são as regiões que, há décadas, apresentam maior déficit de arborização!
Enquanto isso, o Plano Diretor de Arborização Urbana (PDAU Rio) aprovado pelo Decreto nº 42.685/2016 até hoje não saiu do papel: com isso, os cariocas não tem um espaço público efetivo de participação para colaborar com a ampliação da arborização da cidade.
O Movimento Baía Viva (@movimentobaiaviva) precisa da sua ajuda compartilhando ao máximo nossa petição online “Parem com o extermínio de árvores no Rio de Janeiro!” cuja meta é chegar até 20 mil assinaturas nos próximos dias!
Obs: em caso de poda abusiva das árvores do seu bairro, faça fotos e vídeos e poste imediatamente nas redes sociais marcando os órgãos públicos: COMLURB, SMAC, Fundação Parques e Jardins e Ministério Público do Estado do RJ.
Poda assassina é Crime Ambiental tipificado pela Lei Federal nº. 9605/1997.
#baiaviva