segunda-feira, 24 de setembro de 2012

TERCEIRIZAR OU PRIVATIZAR: QUAL A DIFERENÇA? * Antonio Cabral Filho

(Cooperativas de saúde)
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Desde a década de 80, quando o receituário neoliberal entrou em campo, os serviços públicos, os direitos sociais  e até a assinatura da carteira de trabalho,vêm sofrendo com as chamadas " precarizações", ou seja, deixa-se de cumprir certas medidas antes legais, e passam-se a considerá-las como obsoletas, superadas pelo avanço da modernidade, ou atacadas como estatizantes,e, em seus lugares libera-se, simplesmente, a exploração capitalista, pura e crua, de serviços ESSENCIAIS como saúde, educação, segurança, gestão de serviços e órgãos públicos, TUDO para atender interesses de oligarquias, grupos, que jamais sobreviveriam na concorrência aberta e desenfreada com o mercado privado.

Isso tudo integra um conjunto de objetivos estratégicos para o capitalismo mundial; e engana-se quem pensa que isso está acontecendo apenas nos países pobres e emergentes; basta olhar para a Europa, que desde as rebeliões sociais do ano de 2011, não conseguiu estabelecer uma "nova" forma de arrancar ouro das veias do povo, que seja diferente do simples calote nas dívidas intersetoriais dos "sócios" do saque feito nas economias regionais.
(Medicina de grupo: Planos de Saúde)
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A medicina de grupo, com seus planos de saúde, faz parte do ideário neoliberal de quebrar a estrutura de seguridade social nos países com tradição de proteção ao trabalhador, aos pobres e aos idosos.
 Ou seja, como simples exemplos, podemos citar o surgimento de COOPERATIVAS, feitas na calada da noite, por  LARANJAS, políticos, quadrilhas, as quais se apoderaram de hospitais, como o da POSSE, em Nova Iguaçu-Rj, o Azevedo Lima, em Niterói-Rj, e tantos outros no Rio e pelo país afora, que seria redundante fazer a lista.


(Faz parte do seu objetivo ainda, tornar a assinatura da carteira de trabalho OPCIONAL, ou a ampliação do Período de Experiência" para, digamos, um ano.)
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Essa é uma forma, mas há várias, e a mais usada no Brasil atualmente é a de "entregar" determinado serviço para a iniciativa privada e ficar na gestão fingindo que está administrando alguma coisa, como vem acontecendo com a maioria dos serviços públicos nacionais, seja no setor de cirurgias especiais, na educação superior, nos esportes com a gestão dos equipamentos esportivos etc

Mas para ficar mais claro, basta lembrar-se do escândalo com o fornecimento de remédios aos hospitais públicos do Rio de Janeiro, onde cabeças rolaram ano passado no Hospital Pedro Ernesto, envolvendo empresas de limpeza, segurança e fornecimento de quentinhas. Lembram-se?

Pois é; agora o Poder Público PROIBIU terceirização na saúde do Rio de Janeiro e a coisa anda preta dentro das quadrilhas que exploram  serviços no setor; porque se por um lado leva à demissão centenas de trabalhadores, por outro, o governo não pode abrir concurso neste momento, devido aos processos eleitorais em andamento.
Mas vamos ver no que vai dar...