quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

A CRISE SERVE AO PROJETO DE ACUMULAÇÃO * Samuel Braum / RJ

 A CRISE SERVE AO PROJETO DE ACUMULAÇÃO 


Entre os 13 bilionários cariocas, 10 enriqueceram como banqueiros. Mas os outros três me chamam a atenção pois enriqueceram astronomicamente durante a pandemia e, por coincidência (?), por meio de negócios com saúde privada.


Jorge Moll Filho elevou sua fortuna de 11,2 bilhões para 63,9 bilhões. Ele é dono da Rede D'Or de hospitais e do grupo de laboratório Labs. São incríveis 565% de enriquecimento em um único ano!


Já a dona do plano de saúde Amil, Dulce Pugliese de Godoy Bueno, quase dobrou sua fortuna de 19,7 para 34 bilhões. Além do plano de saúde, ainda lucra com a Rede Ímpar de hospitais e os laboratórios Dasa.


Pedro de Godoy Bueno por sua vez quase triplicou a montanha de dinheiro, de 6,2  para 17 bilhões, lucrando com a UnitedHealthe e com os laboratórios Dasa.


Ao mesmo tempo em que faltavam leitos e milhares morriam na fila por respiradores; enquanto médicos e enfermeiros ficavam sem receber e eram demitidos, a rede federal pública pegava fogo e ficava 80% fechada, esses três membros da ALTA BURGUESIA lucraram 78 bilhões de reais líquidos, explorando saúde privada!


É isso. Ou você recebe de graça do Estado o direito de criar dinheiro e cobrar da população por isso, ou você estrangula o Estado, para precarizar a saúde pública e vender passe vip pra continuar vivo ou morrer.


O SISTEMA DE SAÚDE brasileiro está nas mãos das grandes operadoras de saúde, e a ANS tem o que Elio Gaspari chama de “porta giratória”, pois um dia um indivíduo qualquer é colocado num cargo de diretor de uma operadora e, meses depois, esse mesmo elemento assume a direção da ANS,  numa relação promíscua entre o público e o privado. 


Creio que, do ponto de vista ético, o sistema de saúde, no Brasil, hoje, é mais nefasto que o PCC e o Comando Vermelho.

Não tenho a menor dúvida de que a rede pública foi desmontada propositalmente.


E nós, profissionais de saúde, somos , lamentavelmente, usados como cúmplices desse modelo.


A ANS permitiu a desregulamentação da saúde. Permitiu o reajuste por sinistralidade nos planos coletivos, além de permitir a interrupção de venda dos planos individuais. Quais serão os próximos passos do grande capital e de seus serviçais em sua sanha por açambarcar fortunas inimagináveis por meio de sua máquina de moer carne humana?   


Por Samuel Braum / RJ

terça-feira, 30 de novembro de 2021

Plano Diretor * Núcleo Geocivitas CEAM/UnB.

 Plano Diretor

Por que eu preciso conhecer e participar de sua elaboração?

Por que seria importante eu conhecer qual foi o DIAGNÓSTICO TÉCNICO que especialistas e professores universitários irão apresentar sobre os problemas de meu Município?


O que o PLANO  DIRETOR tem a ver com a vida da minha família e meus negócios?


Simples. Ele tem quase tudo a ver com sua vida seus negócios atuais e futuros.  Quer ver? 


 Pense qual seria sua resposta para as perguntas abaixo:


1.Em relação à sua rua,  onde está seu comércio e/ou residência, quem mais sabe  dos problemas daquele espaço no  dia-a-dia? 

Você ou Poder Público?


2. Se precisar haver modificação, revitalização, ampliação de calçadas, ruas e bairros. Sem contar necessidade de mais estacionamentos, paradas de ônibus e criação de  praças próximas, quem mais sabe prioridades e localizações para intervervir?  Você ou Poder Público?


3. Quem passa mais horas, dias e anos discutindo em grupos formais ou informais os problemas do comércio e tentando encontrar soluções? Você ou Poder Público?


4. Quem mais sente falta de escolas, postos de saúde, hospitais, paradas de ônibus etc. perto de casa? Você ou Poder Público?


4. Quem mais sente falta do Município ser Pro-ativo, no sentido de melhor definir e ampliar suas vocações econômicas, com vista a melhoria dos empresários, nos contextos estadual, regional e nacional?  Você ou Poder Público?


Agora a última pergunta:


Os seus problemas familiares e de negócios, quando existem, você  resolve?  Ou deixa alguém de fora resolver ? 


Pense nisso.


 Lembre-se:  a discussão sobre seu futuro, como cidadão e empresário, já começou. 


Cabe a você decidir o que será daqui em diante: um observador ou protagonista do seu futuro. Este está sendo pensado e começa a ser delineado para sua Cidade. 


Essa proposta, quando aprovada pelos Poderes Executivo e Legislativo, a partir de inúmeras audiências públicas,  irá afetar a vida de todos, pelos próximos 10 anos. 


Pense e decida. Veja como quer fazer parte do processo de construção do instrumento Plano Diretor. 


Mas tenha clareza que depois não cabe arrependimento.


Núcleo Geocivitas  CEAM/UnB.

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quarta-feira, 12 de maio de 2021

O Brasil precisa do SUS * Jornal do Bairro

 

O BRASIL PRECISA DO SUS
www.radis.ensp.fiocruz.br
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Contra a privatização da saúde * Jornal do Bairro

Acesse o link para ler e fazer download do boletim:
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sexta-feira, 23 de abril de 2021

quarta-feira, 14 de abril de 2021

Eduardo Paes demolições S.A. * Jornal do Bairro/RJ

 EDUARDO PAES DEMOLIÇÕES S.A.

A história de Eduardo Paes não é segredo para ninguém. A começar por seus laços familiares. O demolidor do Rio - Cesar Maia - é seu sogro. Precisa mais? Essa família vem matando e quebrando a cidade há décadas. Todos sabem que para atingir o máximo de lucro, capitalista não respeita vida de ninguém. Todos se lembram das atrocidades cometidas por Brizola na construção da Linha Vermelha. Alguém tem notícias das indenizações? Todos se lembram do massacre cometido na construção do Metrô contra milhares de famílias atingidas pelas remoções, com processos rolando na justiça até agora. E na construção da Linha Amarela não foi diferente. A construção do BRT ainda está na justiça, mas os imbecis votaram no INIMIGO DOS POBRES, EDUARDO PAES. 
Ele já chegou deixando claro que o seu lado é o dos ricos, principalmente a indústria imobiliária. E quando anuncia uma demolição/remoção, a definição usada lá com seus "parsas" é HIGIENIZAÇÃO SOCIAL, uma expressão pomposa para EXCLUSÃO SOCIAL, 
visando reservar a cidade apenas para os privilegiados, tratando o espaço urbano como mercadoria a serviço do capital. É esse projeto que tem guiado as eleições dos prefeitos e governadores na NOSSA CIDADE. 
Mas para fazê-la efetivamente nossa, precisamos nos unir, nos organizar e nos abastecermos de muita disposição de luta, porque contra nós, tem milícias, polícias, jagunços, empresários e políticos de todo tipo, inclusive certos defensores dos trabalhadores. Por exemplo, neste momento, a Comunidade do Metrô Maracanã está sendo atacada, sem opção habitacional, sem socorro de tipo nenhum, e sem apoio de imprensa. Conta apenas com a solidariedade de alguns movimentos. Mas é pouco e precisamos fazer mais, muito mais!

COMUNIDADE METRÔ MARACANÃ

FOTOS DA VILA AUTÓDROMO



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quarta-feira, 7 de abril de 2021

DIA MUNDIAL DA SAÚDE: uma homenagem ao SUS * Wladimir Tadeu Baptista Soares / RJ

 DIA MUNDIAL DA SAÚDE:

UMA HOMENAGEM AO SUS


O SUS (Sistema Único de Saúde) é a maior conquista social do povo brasileiro na Constituição Cidadã de 1988.

Mais do que isso, o SUS é o maior programa público de inclusão social do planeta Terra.


Isso porque o SUS assegura ações e serviços públicos de saúde para todos os brasileiros e estrangeiros, residentes ou não aqui no Brasil, de forma universal, igual e integral para todos, sob uma perspectiva daquilo que podemos chamar de "Saúde sem Fronteiras". Desse modo, o SUS reconhece a saúde como um direito social global, aberto a todo ser humano que, por alguma razão, esteja precisando de uma assistência em saúde, não importando a sua nacionalidade, etnia, sexualidade, raça, condição socioeconômica ou qualquer outro elemento de diferenciação; ou seja, o SUS não admite nenhuma forma de preconceito ou discriminação. Isso significa dizer que importa ao SUS tão somente que aquele que dele precise seja uma pessoa humana, reconhecendo que todos nós somos iguais em direitos e dignidade.


O SUS reconhece o direito à  vida como um Princípio Ético da Humanidade: a saúde como um valor, e não como uma mercadoria. Sendo assim, o SUS afirma a saúde como um direito público, subjetivo, de cidadania, estando o Estado (o Poder Público) obrigado a garantir esse direito a todos, sem exceção. O SUS compreende não haver no nosso Texto Constitucional uma norma que estabeleça um dever constitucional ao sofrimento. Ao contrário, o SUS compreende haver no Texto Constitucional normas e Princípios que asseguram à toda pessoa humana o direito de existir e o direito de continuar existindo com dignidade.


O SUS é estruturante do Estado brasileiro, um direito fundamental de natureza social e, por consequência, uma cláusula pétrea constitucional. E é sob essa perspectiva que o SUS deve ser reconhecido e defendido por todo o povo brasileiro, como um sistema político de saúde que se impõe como um exemplo a ser seguido por todas as nações do mundo, já que simboliza um avanço civilizatório na compreensão de que o direito à vida constitui o núcleo duro essencial do direito à saúde. Submetido ao controle social, o SUS se apresenta como uma das dimensões da Democracia, de modo que é impensável o Brasil como um Estado Democrático e Social de Direito sem o SUS. 


O SUS é, portanto, um porto seguro para todos aqueles que se encontram em estado de vulnerabilidade sanitária, um lugar de acolhimento e abrigo, um sistema amigo criado para bem servir a você, a mim e a todo mundo.


Wladimir Tadeu Baptista Soares 

Advogado/Médico/Professor Universitário 

Cambuci/Niterói - RJ 

wladuff.huap@gmail.com

terça-feira, 6 de abril de 2021

O perigo ronda nossas crianças * Wladimir TB Soares/RJ

O PERIGO RONDA NOSSAS CRIANÇAS

Há uma questão não trazida ao debate sobre o retorno às aulas presenciais neste grave momento da pandemia em nosso país. À medida que a vacinação vai avançando, a população idosa vai sendo progressivamente protegida. Entretanto, o vírus continua circulando entre nós, inclusive com variantes mais contagiosas. Com isso, a população mais jovem e as crianças ficam, proporcionalmente, mais suscetíveis à infecção. Todavia, o país é extremamente carente de leitos de UTI infantil, o que torna essa população ainda mais vulnerável diante de uma alta taxa de contaminação e consequentemente adoecimento, inclusive na sua forma grave, quando, então, a mortalidade nessa população poderá ser desastrosamente extremamente elevada.

A vida é o bem jurídico mais importante de uma sociedade. Todo o resto (economia, educação, emprego etc) inexiste sem a vida. Estamos, desde o início, lidando com essa pandemia de forma amadora e irresponsável, negando a gravidade da situação, particularmente em razão de um comportamento do atual Presidente da República, e seus asseclas, de confrontar o conhecimento científico e doutrinar os seus seguidores com desinformação e mentiras, de forma compulsiva, criando uma tremenda instabilidade social, fruto da ignorância e brutalidade de muitos, que estão absolutamente afastados do plano da racionalidade, fazendo de um psicopata estúpido e boçal, o seu guia, o seu guru, o seu mentor intelectual e espiritual, passando a conduzir suas vidas e suas escolhas a partir das orientações insanas do seu "líder". 

Todos os países do mundo que, em algum momento, precisaram adotar o lockdown para tentar conter a circulação do novo coronavírus e reduzir o número de doentes hospitalizados e de óbitos, conseguiram bons resultados com a adoção dessa medida. Assim, o exemplo já está dado. Não há o que discutir sobre isso. A experiência empírica do fenômeno já provou a hipótese científica sobre essa questão. Naturalmente, isso exige a garantia de uma proteção social efetiva por parte dos governantes, particularmente do governo federal.

Dos 5570 municípios brasileiros, somente 521 deles dispõem de leitos de UTI, sendo a maioria deles destinados à população adulta. Portanto, assumir o risco de criar uma situação de alto risco para as nossas crianças e os nossos jovens carece, no mínimo, de razoabilidade, configurando uma irresponsabilidade política fundamentada no desprezo à vida humana e num apreço à indiferença.

O momento atual exige coragem de agir para fazer a coisa certa. Salvar vidas é tudo o que mais interessa neste instante. Qualquer outra coisa, ainda que importante, jamais será mais importante que a vida humana.


Wladimir TB Soares/RJ


sábado, 13 de março de 2021

Doentes a Deus dará * Jornal do Bairro / JB

 DOENTES A DEUS DARÁ

COVID RESSUSCITA DOENÇAS MORTAS
SIM! A VERDADE É ESSA!!

Massacre de Manguinhos * FIOCRUZ / RJ

Massacre de Manguinhos

Os dez cientistas da Fiocruz cassados e perseguidos pela ditadura militar no Massacre de Manguinhos: da esquerda para a direita, Augusto Cid Mello Perissé, Tito Arcoverde Cavalcanti de Albuquerque, Haity Moussatché, Fernando Braga Ubatuba, Moacyr Vaz de Andrade, Hugo de Souza Lopes, Massao Goto, Herman Lent, Sebastião José de Oliveira e Domingos Arthur Machado Filho.

O Massacre de Manguinhos foi um dos mais infames episódios de perseguição política contra cientistas ocorridos durante a ditadura. O episódio ocorreu no contexto de recrudescimento do autoritarismo e da repressão que caracterizou os "anos de chumbo", logo após a emissão dos Atos Institucionais nº. 5 (AI-5) e nº. 10 (AI-10), quando a perseguição política se tornou generalizada, extrapolando o âmbito da oposição de movimentos organizados e passando a atingir cidadãos comuns que fossem meramente suspeitos de não compactuar com as ideias do regime.


Manguinhos é o nome do bairro da Zona Norte do Rio de Janeiro onde se localiza a sede da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) - à época denominada "Instituto Oswaldo Cruz" (ou IOC). No dia 1º de abril de 1970, os dez cientistas supracitados, todos ativos na Fiocruz há mais de duas ou três décadas, tiveram seus direitos políticos cassados por dez anos por determinação do regime militar. Dois dias depois, a ditadura emitiu novo decreto determinando a aposentadoria compulsória dos cientistas. Outra norma do governo proibia o grupo de prestar serviços ou trabalhar para qualquer repartição pública ou qualquer empresa subvencionada com dinheiro do erário. Com isso, a Fiocruz perdeu 14% do seu quadro de pesquisadores e foi obrigada a encerrar diversas linhas de pesquisa inovadoras sobre novos medicamentos e tratamentos para doenças infecciosas e surtos epidêmicos. 


O grupo dos dez cientistas, todos ligados à área de medicina experimental e combate a doenças tropicais, era monitorado pelos militares desde a década de 1940. Isso porque em 1946, os cientistas subscreveram um documento de apoio às demandas do senador Luís Carlos Prestes, do Partido Comunista Brasileiro (PCB), que exigia a retirada das tropas estadunidenses do Nordeste brasileiro e o encerramento da base militar dos Estados Unidos, montada em Natal durante a Segunda Guerra Mundial.


Nas décadas seguintes, esse mesmo grupo de cientistas passou a defender o desenvolvimento autônomo da pesquisa científica no Brasil. Após o golpe de 1964 e a instalação do regime militar, os cientistas criticaram a submissão das instituições públicas aos interesses políticos e econômicos dos Estados Unidos e ao projeto ideológico anticomunista. A gota d'água ocorreu quando alguns cientistas do grupo denunciaram um desvio de verba que deveria ser destinada ao combate da malária, da peste bubônica e da meningite.


A perseguição ao grupo contou com apoio do próprio diretor-interventor da Fiocruz, Francisco de Paula Rocha Lagoa, indicado para o cargo pelo marechal Castelo Branco. Rocha Lagoa, que futuramente assumiria o cargo de Ministro da Saúde no governo Médici, era profundamente reacionário e anticomunista e tratou de isolar, perseguir e boicotar os trabalhos realizados pelos cientistas em pauta desde que assumira o comando da instituição. Entre seus primeiros atos estava o fim do financiamento para as pesquisas do grupo, ocasionando a inviabilização dos trabalhos.


Logo após o desligamento dos profissionais, Rocha Lagoa abriu inquéritos policiais nas áreas civil, militar e administrativa contra os dez cientistas, acusando-os de conspiração contra a administração pública e desenvolvimento interno de uma célula comunista. As acusações beiravam o ridículo e chegavam a incluir questionamentos sobre "promoção de feijoadas e vatapás subversivos nas dependências da instituição". Apesar disso, um dos pesquisadores, Fernando Ubatuba, chegou a ficar preso por 14 dias num paiol de pólvora do Exército Brasileiro em Paracambi. Nenhum dos inquéritos conseguiu provar nada contra os pesquisadores.


Não satisfeito com a perseguição ao grupo, o governo federal mirou no desmonte e sucateamento da própria Fiocruz, diminuindo de forma agressiva o orçamento da instituição, forçando-a a diminuir sua produção de insumos, soros e vacinas, a encerrar linhas de pesquisa e a fechar parte substancial de seus laboratórios. A ditadura ordenou o encerramento do Instituto Nacional de Produção de Medicamentos e fundiu a Fiocruz a diversas outras instituições, intencionando fragilizar sua capacidade de articulação política e dificultar quaisquer projetos de autonomia gerencial. As ações do regime prejudicaram as campanhas nacionais de vacinação, a fabricação de medicamentos e o combate aos surtos epidêmicos por vários anos, além de desarticular e descontinuar décadas de pesquisa em saúde pública, causando enormes retrocessos à ciência brasileira.


Somente em 1986, cinco anos após a sanção da Lei da Anistia e já no período da redemocratização, os dez cientistas foram reintegrados à Fiocruz. Apenas o parasitologista Herman Lent não aceitou retornar para a instituição, preferindo continuar dando aulas na Universidade Santa Úrsula, onde conseguira emprego em 1976.


A cerimônia de reintegração ocorreu em 15 de agosto de 1986, com presença do ator Mário Lago, então presidente da Comissão Nacional de Anistia, do deputado Ulysses Guimarães, presidente da Câmara dos Deputados, e do antropólogo Darcy Ribeiro, vice-governador do Rio de Janeiro. Em seu discurso, Darcy Ribeiro pontuou: "A dor que me dói, a lágrima que eu choro, é pelas pesquisas que foram interrompidas e nunca mais se farão. É pelos jovens cientistas que teríamos formado e que não se formarão nunca. A Ciência é a última profissão que não se aprende nos livros. É um cientista que cria outro. E vocês, os mais preparados para frutificar novas gerações, foram proibidos de se multiplicar."

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quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

Cordel contra o COVARD-17 * Jornal do Bairro/RJ

 CORDEL CONTRA O COVARD-17



Recicle o que pode ser reutilizado * Profª Alba Valéria / GO

 RECICLE O QUE PODE SER REUTILIZADO! 



Primeiro, separe o material que pode ser reciclado e promova a compostagem dos resíduos orgânicos. Uma boa também, é evitar a compra de produtos de difícil decomposição. Simples: ache um substituto. Sempre tem! 


SE NÃO FOR RECICLAR, SEPARE SEU LIXO COM CRITÉRIO E ORGANIZAÇÃO 



TEMPO DE DECOMPOSIÇÃO DE CADA MATERIAL:  


PAPEL - 2 A 6 SEMANAS


Para que tenha uma duração prolongada, o tratamento do papel é feito com bactericidas. O procedimento mais comum para evitar que se desintegre naturalmente, é queimar o papel. O problema maior, é que esse processo resulta na liberação de gases tóxicos na atmosfera! Caso não seja incinerado, o papel levará de 2 a 6 semanas para ficar completamente decomposto.


PLÁSTICO - 450 ANOS


Os produtos feitos de plásticos, definitivamente, não se decompõem em aterros sanitários. As sacolas de plástico, por exemplo, são feitas de polietileno, um polímero criado em laboratório. Os organismos unicelulares que ajudam na sua decomposição, não consomem polímeros, o que dificulta a desintegração completa do plástico. Existem outros itens de plástico que, ao invés de 450 anos, que é a média, podem levar até 1.000 anos para se decompor nos aterros sanitários! 


METAL - 50 A 200 ANOS


Produtos feitos como rebites de ferro ou com folhas de aço, não se decompõem com facilidade. As latas, por sua vez, só se decompõem depois mais ou menos 100 anos. Antes disso, viram ferrugem que libera gases tóxicos na atmosfera. Existem peças metálicas que não se enferrujam e, por isso, não se degradam, porque alguns microrganismos não consomem partículas do metal. A quantidade de metal jogado fora no mundo, é bastante alta. Nos Estados Unidos, por exemplo, para cada três meses, são descartadas latinhas que daria para remodelar uma frota inteira de aviões!  


VIDRO - 1 MILHÃO DE ANOS


O vidro é um material que pode ser facilmente reciclado, por ser feito de areia. Para isso, basta quebrá-lo em pedacinhos minúsculos, moer tudo e produzir um novo vidro. O que choca, no entanto, é que quando o vidro vai parar intocável num lixão, ele vai levar uma eternidade para desaparecer. Na verdade, não podemos considerar que o vidro irá desaparecer! Isso ocorre mesmo se o vidro for moído em micro-fragmentos, já que jamais perderá sua massa e os microrganismos não reconhecem as partículas de vidro como alimento. 


LIXO ORGÂNICO - 1 A 6 MESES


Caso não haja compostagem orgânica, o tempo de decomposição do lixo orgânico, irá depender do tipo de alimento. Normalmente, uma casca de laranja leva seis meses, enquanto que o resto de uma maçã ou uma casca de banana, levará cerca de um mês para se decompor. Portanto a compostagem e a reciclagem de resíduos alimentares, são ótimas alterantivas de desviar alimentos não reaproveitados para longe dos aterros sanitários