PROIBIÇÃO DO FUNK: PRA QUEM SABE LER UM (MC)PINGO É FUNK.
Esse senador e os vinte mil assinantes pedindo pra proibir o funk podem até tentar, pode ante conseguir. mas dificil é e será definir o que é funk, o que não é. Neste momento a um punhado de cantores e compositores gospels compondo e catando e gravando em ritmo de funk, vendendo centenas de milhares de cds...
Por uma questão de izonomia, se proibir um funk do Pingo ou do Teko terá que se proibir um funk gospel do Pregador Lou.
Basta que qualquer um de nós, meros mortais, entremos na justiça, pra proibir também um funk gospel que possa atacar deuses afros chamando-os de demonio.
E também será preciso tirar dos catalogos das gravadoras e proibir a execução do funks compostos por artistas brancos de classe média como fernanda abreu, lulu santos, ou por criolo. sem falar to disco só de funk da dupla claudinho e buchecha gravado por lulu santos.
O acaro é o apelido que Oxalá usa quando não quer dizer o próprio nome. Quis Oxalá que amanhã, no Evento Direito A Favela, no Museu da Maré, organizado pelo mandanto da vereadora Mariele Franco haverá duas mesas: uma sobre educação e cultura e outra sobre segurança publica e legalização das drogas.
Separadas, a duas tem algo em comum. Pro "estado" e pra elite dominante branca racista educação e cultura são problemas de segurança pública, não de educação e cultura por si mesmas. Educaçao e cultura, bem entendido, do povo da favela e da periferia.
Proposições de leis como essa, e de outras formas de tentativa de proibição do funk, ja aconteceram e vão acontecer outras vezes, mas raramente acontecerão num momento particularmente conservador, militarizante, penalizador, racista, como o que vivemos e afeta principalmete, as raças e classes perigosas como as nossas de afrodescendentes.
O perigo permanente que representamos não se trata de uma paronóia, um delirio fóbico de uma elite branca burguesa racista que até hoje quase 130 depois da abolição ainda desfruta dos previlégios e riquezas adquridas parazitalmente desde a escraviidão.
Somos realmente um raça e classe perigosa enquanto não tomarmos pra nós pra os nossos tudo que se apropriaram como produto do nossa força de trabalho fisica e intelectual.
Uma lei de proibição do funk pode não vingar, mas servira de alerta, neste momento: que o funk não seja tornado, a voz e a motivaçao de um levante partido das favelas, não um levante dentro da ordem, mas um levante que rompa com a ordem atual.
No maximo será admitida a "revolução dentro da ordem." Desde que a CUFA, o AFROREGGAE ,que já ganharam a confiança da elite branca liberal, como pretos de confiança, estejam no controle,tudo bem. Desde que um Catra ou EMICIDA virem empresários, criem holdings pra controllar o pretinhos metidos a arttas dentro das favelas, tudo bem. Desde que o PCC ou a FAMILIA DO NORTE, Megacapitalistas do Crime, mantenham o funk e os funkeiros enquadrdos, fazendo apopogia ao capital criminal e seus joelys e marcelos odebrxis do crime globalizado, mesmo na ilegalidade tudo bem. Desde que o funk do mal seja funk do bem pra quem é do mal, desde que o funk do bem seja funk do mal pra quem é do mal, desde que o funk, os fankeiros, os gostadores do funk, os patrões do funk matenham o funk maniqueista, antidialético, antirvolucionário, no maximo refromista, tudo bem.
tudo bem, mas por questões de segurança pública e do sono seguro e tranquilo das elites brancas eurocentricas neoescravagistas, o funk, como foi o samba e o soul music antes de serem domesticados e gentrificados, será um problema de segurança publica, das elites, não da segurança popular, nossa raça e classe perigosa e não de cultura como são a mpb, a musica classica o choro.
Em fim, essa lei de proibição do funk, vista ao pé da lei e da letra da lei, pra quem é funkeiro, ou não é mas gosta ou odeia, pra QUEM SABE LER UM (MC)PINGO É LETRA!. OU MELHOR: FUNK